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Em testes, medicamento livra macacos do ebola

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Testes do ZMaap, realizados no Canadá, comprovaram a capacidade do medicamento em acabar com o vírus do ebola em macacos, com um estágio avançado de infecção. O resultado Foi publicado na edição online da revista Nature. A pesquisa foi coordenada por Gary Kobinger, da Agência canadense de Saúde Pública.

    Com o resultado, os pesquisadores passarão ao próximo estágio de estudos, os testes em humanos. Segundo a publicação, na pesquisa com os macacos, o Zmaap atuou contra uma cepa do vírus diferente da que está assolando parte da África. Apesar disso, os cientistas crêem que o remédio possui grande potencial para tratar o vírus em humanos. De forma experimental, o medicamento foi usado com sucesso no tratamento dos missionários norte-americanos, o médico Kent Brantly e a enfermeira Nancy Writebol, que contraíram o ebola na Libéria em julho e se recuperaram nos Estados Unidos. Por outro lado, um médico da Libéria, também tratado com o ZMaap, não resistiu ao vírus.

    Europa não crê em surto - Segundo o comissário da União Europeia (UE) para a Saúde, Tonio Borg, há um baixo risco de contágio do ebola na Europa. A avaliação é que o sistema sanitário e de prevenção europeu possui estrutura, diferente do que ocorre em boa parte da África. Até o momento, os três europeus infectados com o vírus entraram no continente após contrair o ebola, na África.

    Existe a suspeita do quarto caso. Um médico belga, colaborador da Organização Médicos sem Fronteiras (Msf), recém chegado da África, está em quarentena, após ter alguns sintomas semelhantes ao do ebola.

    Apesar da segurança no continente, a UE afirma que o surto de ebola já atingiu níveis acima dos setores sanitários e humanitários na África. "Foi desenvolvida uma crise sistêmica que atinge toda a sociedade." Segundo a UE, todas as estruturas dos países atingidos pelo vírus estão em perigo, principalmente o sistema agrícola e de comércio de alimentos.

Ebola no Senegal - Um jovem do Senegal é o primeiro caso de ebola no país. Ele teria viajado a Guiné, berço do atual surto do vírus, que já matou mais de 1500 pessoas. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde senegalês, Awa Marie Coll Seck, em Dacar.