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Câncer intestinal deve ser o segundo mais comum nas mulheres em 2014

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Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o  câncer colorretal (intestino grosso ou reto) será o segundo mais presente entre as mulheres, em 2014, superando os casos de câncer de colo do útero e ficando atrás apenas da incidência de câncer de mama. 

O cirurgião e proctologista Pedro Basílio, diretor da Clínica Saúde Intestinal, no Rio de Janeiro, e membro titular das Sociedades Brasileiras de Cirurgia Oncológica (SBCO) e Coloproctologia (SBCP), informou que o câncer intestinal pode ser diagnosticado na fase inicial e totalmente curado.      Sangramento nas fezes, diarreia, eliminação de muco (catarro amarelado) e dores na evacuação são sinais de alerta para o câncer no intestino. A recomendação dos especialistas quando estes sintomas aparecem é procurar um médico.      

“Os primeiros sinais encontrados no intestino são pequenas verrugas, chamadas de pólipos, mas que podem ser detectadas em exame clínico. Esta manifestação ainda não é um câncer, mas tem probabilidade de se tornar. Depois de descobertos e removidos por meio da colonoscopia, ou de uma cirurgia, as chances de recuperação são muito grandes” explica Pedro Basílio.

A colonoscopia é o exame usado para detectar a presença de tumores ou de sinais iniciais do câncer de intestino. As imagens de todo o intestino grosso são captadas por meio de um tubo de fibra ótica e visualizadas num monitor, além de ser gravado em CD. Outro procedimento pode ser o exame físico, geralmente o toque retal.

Segundo Basílio, o exame permite que a doença seja descoberta precocemente. "O pólipo não é câncer ainda, mas tem grandes chances de virar. Se for retirado no próprio exame, elimina-se o risco", afirma o cirurgião, lembrando que nos casos mais adiantados, onde já há a formação de um tumor, é preciso verificar se o tumor está localizado no intestino ou se tem manifestação à distância. O estágio da doença e localização do tumor não determinam apenas a probabilidade de cura, mas também a forma de tratamento.

Quando o tumor se localiza no reto alto, a cirurgia consiste na extração do segmento afetado, com uma margem de segurança, e na anastomose (emenda) do segmento do intestino com o reto. "Neste caso, o paciente tem trânsito intestinal normal", diz Basílio.

O mesmo procedimento é adotado para os tumores posicionados de 3 cm a 4 cm acima do ânus. Se o câncer fica no reto baixo, próximo ao ânus, em geral se torna necessária a colostomia -cirurgia que exterioriza o intestino para a pele do abdome, com captação das fezes numa bolsa.

Antes ou depois das intervenções cirúrgicas, conforme o caso, a radioterapia e/ou a quimioterapia são usadas para controlar e evitar o desenvolvimento de novos tumores.