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Blefaroplastia tira excesso de pele e gordura nas pálpebras

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Nem sempre as pessoas recorrem à cirurgia plástica atrás somente de melhora na aparência. Por vezes, a intervenção é necessária, como no caso da blefaroplastia, retirada de pele em excesso das pálpebras superior e inferior, além das bolsas de gordura acumuladas nessa região.

O excesso de pele na pálpebra superior chega a prejudicar a visão quando cai por cima dos cílios e fica à frente da pupila. “Quando está muito avançado (acúmulo de pele), a pessoa tem dificuldade, especialmente no final do dia, de manter o olho aberto. Cansa, incomoda, pode até dar um pouco de dor de cabeça”, afirma o cirurgião plástico Guilherme Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

A quantidade de pele e gordura acumuladas depende da qualidade do tecido do rosto da pessoa, de fatores genéticos e da rotina. Raramente, algumas doenças podem provocar o aparecimento de pele acumulada, como problemas renais e relacionados à tireoide. Nesses casos, os problemas devem ser tratados antes da cirurgia.

Segundo Miranda, a blefaroplastia traz uma nova estética e também ajuda a recuperar a função ocular. “Ela é feita com anestesia local, leva cerca de 90 minutos para ser concluída e é considerada de baixa complexidade. Após a intervenção, é recomendado ao paciente que se afaste de compromissos profissionais e sociais por uma semana, no máximo”, diz o especialista, lembrando que, como qualquer cirurgia, devem ser feitos todos os exames laboratoriais antes: radiografias e eletrocardiogramas.

Na estatística da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica no Brasil, 80% da procura pela cirurgia plástica são feitas por mulheres, e 20% por homens. A cirurgia da pálpebra está quase nesse percentual, 30% de homens e 70% de mulheres – afirma Guilherme Miranda, esclarecendo que se a intervenção tiver um caráter reparador o paciente consegue cobertura do procedimento pelo plano de saúde ou pelo SUS.

“Há necessidade de uma comprovação da parte oftalmológica de que o excesso de pele está comprometendo a função ocular. Aí o plano de saúde também é obrigado a fazer essa cobertura” explica o cirurgião.

Como em qualquer tratamento, a busca por um bom profissional deve ser levada em consideração. Na blefaroplastia, a retirada de muita pele ou de muitas bolsas de gordura pode modificar o olhar do paciente e, em alguns casos, prejudicar a função ocular. “Após uma plástica mal feita, a pessoa pode não conseguir fechar os olhos, especialmente ao dormir. Isso pode levar ao ressecamento da córnea e até à cegueira secundária", adverte Miranda, que aconselha aos interessados que optem por serem operados com profissionais que sejam membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.