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Unicamp fica em 17º em ranking mundial QS de novas universidades

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A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está entre as 20 melhores instituições de ensino superior do mundo com menos de 50 anos de existência, de acordo com o Ranking Mundial de Universidades QS 2013 “Top 50 Under 50”.

Única brasileira no levantamento, a Unicamp ficou em 17º lugar, avançando cinco posições com relação ao ranking anterior, de 2012, o primeiro do gênero divulgado pela Quacquarelli Symonds (QS), instituição com sede no Reino Unido.

A classificação leva em conta a reputação da universidade no meio acadêmico mundial, considerando indicadores como proporção do número de alunos e de professores, demanda em processos seletivos, artigos publicados, produção de teses, prêmios recebidos por ex-alunos e professores e patentes obtidas.

“Queremos chamar a atenção da opinião pública para o fato de que, com o nível correto de financiamento, governança ágil e administração dinâmica, instituições jovens estão exercendo um grande impacto sobre o cenário global da educação superior”, disse Simona Bizzozero, chefe de Relações Públicas da QS.

Para a pró-reitora de Pesquisa da Unicamp, Gláucia Maria Pastore, a pesquisa científica na universidade de Campinas, situada na fronteira do conhecimento, é um fator preponderante para o sucesso da instituição.

“Há uma forte integração entre os grupos de pesquisa do país e do exterior, relação que vem se intensificando nos últimos dez anos. Além disso, a pós-graduação é uma das mais qualificadas da América Latina. Agora, o nosso olhar é no sentido da internacionalização e da integração das pesquisas produzidas na universidade com os diversos setores da sociedade”, disse Pastore.

A classificação “Top 50 Under 50” utiliza os dados do Ranking Mundial de Universidades QS 2012, reunindo os dados das instituições que foram estabelecidas após 1963. A Unicamp foi criada em 1966. Na classificação geral, contando-se as universidades novas e antigas, ela está em 228º lugar e é a terceira brasileira.

O ranking das universidades mais jovens é encabeçado pela Hong Kong University of Science and Technology, estabelecida em 1991, que ocupa a 33ª posição no ranking mundial e é considerada a melhor instituição de ensino superior da Ásia. Situada a 30 minutos do centro de Hong Kong, tem cerca de 12,5 mil alunos, entre graduação e pós-graduação, e 538 professores.

Entre as “top 10” das jovens, há outras duas instituições de Hong Kong, região administrativa especial da China, duas da Coreia do Sul, duas do Reino Unido, uma dos Estados Unidos, uma de Cingapura e uma da Holanda.

“A educação superior asiática passa por uma rápida transformação, e Cingapura, Hong Kong, China e Coreia [do Sul] estão na frente da investida sobre a elite acadêmica global”, disse Ben Sowter, chefe da unidade de Inteligência da QS, que também compila os rankings mundiais da QS.

“Já há 17% mais universidades asiáticas entre as Top 200 do Ranking Mundial de Universidades QS, e as próximas duas décadas poderão ver universidades de ponta americanas e europeias sendo superadas”, disse Sowter.

Com relação aos países, a Austrália foi a nação que obteve melhor desempenho no “Top 50 Under 50”, com nove universidades na lista das cinquenta.

Ficam na Europa 24 instituições das melhores mais jovens; quatro encontram-se na América do Norte; duas na América Latina; e uma no Oriente Médio. A outra instituição latino-americana no ranking é a argentina Universidad Austral, criada em 1991, que ficou em 41º lugar entre as mais jovens e em 327º na classificação geral.

Agência Fapesp