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Pesquisa tentam entender evolução de cromossomos sexuais 

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Dois novos estudos divulgados na revista científica Pnas tentam entender a evolução de cromossomos sexuais. Os pesquisadores da Universidade de Illinois (EUA) investigaram os cromossomos X e Y do mamão, considerados ainda em um estágio inicial de evolução (eles têm cerca de 7 milhões de anos, enquanto os nossos, por exemplo, começaram a evoluir há 167 milhões de anos).

Um dos estudos comparou o cromossomo X com um não sexual (um autossomo) de uma espécie de planta próxima. Outro olhou as diferenças entre o X e o Y do próprio mamão. As pesquisas mostraram que os cromossomos sexuais da espécie aumentaram seu tamanho (principalmente por acumular sequências repetidas de genes), enquanto também se reorganizaram e perderam alguns genes em comparação com seus dias como autossomos.

Alguns dos genes perdidos não deixaram vestígios, mas outros permaneceram, mas não são mais ativos (pseudogenes). Segundo o biólogo Ray Ming, líder dos dois estudos, a perda de genes no cromossomo Y é bem conhecida em outros casos, mas no X é inesperada, em especial em um sistema genético tão "jovem", assim como sua expansão.

"O passo com que sequências são ganhas ou perdidas é mais rápido no cromossomo Y do que no X, contudo", diz o cientista. "Este é o primeiro olhar em um estágio inicial da evolução cromossômica", diz Andrea Gschwend, que era estudante de doutorado quando auxiliou na pesquisa. "Geralmente, as pessoas vão focar em cromossomos sexuais antigos porque eles são os mais relevantes para nós. Então este é o primeiro olhar direto em um sistema cromossômico sexual recentemente evoluído."

Ming afirma que o estudo é vital para entendermos a evolução do sexo. Ele diz que as descobertas indicam que o cromossomo X humano também passou por inúmeras mudanças desde que se diferenciou pela primeira vez dos autossomos. Essas mudanças não podem mais ser encontradas, já que o registro genético ancestral não está mais disponível.

No mamão, por outro lado, os dados genéticos são muito mais jovens e podem ser comparados com espécies "irmãs" para oferecer uma visão da evolução desses cromossomos.