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Menina passa 12 horas por dia em câmara de luz UV para sobreviver

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Uma menina de apenas dois anos de idade está sofrendo com uma doença rara no fígado, que faz com que ela tenha que ficar sob uma luz azul ultravioleta para se manter viva. Areesha Shehzad deve passar 12 horas diárias embaixo de 20 lâmpadas brilhantes - instaladas no próprio berço da menina - para evitar danos letais ao cérebro. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.

A criança, que vive em Bradford, no Reino Unido, sofre da síndrome Crigler-Najjar, uma condição rara que afeta menos de 200 pessoas no mundo. Areesha não possui uma enzima vital que quebra e elimina a bilirrubina, uma substância química tóxica encontrada nas células vermelhas do sangue. Os raios UV das luzes azuis ajudam a regular a bilirrubina quando entram em contato com a pele e com as células vermelhas.

"O nível de bilirrubina de Areesha segue aumentando e atualmente está por volta de 300. Um nível normal deve estar entre 5 e 20. Se passar dos 450, isso significará um grande risco de dano cerebral", explica Patricia McClean, médica que acompanha o caso da menina.

Essa condição faz com que Areesha não tenha muito tempo para se divertir com outras crianças. Por causa das luzes, ela às vezes não consegue dormir à noite e tem de passar o resto do dia descansando. O pai da menina, Majid, conta que a filha fica muito frustrada. "É difícil explicar para ela por que a fazemos ficar em um ambiente tão desconfortável. É como uma prisão", desabafa.

"Eu fiquei tão preocupada com o diagnóstico que temi que não pudéssemos fazer nada por ela", afirma a mãe de Areesha, Salma. Ela conta que levanta várias vezes por noite para checar se a filha está bem.

A condição de Areesha foi descoberta três dias após seu nascimento. Os altos níveis de bilirrubina fizeram com que ela tivesse que ficar quatro meses no hospital, até que fosse diagnosticada com a síndrome. A fototerapia tem ajudado Areesha, mas o tratamento se torna menos eficaz após os quatro anos de idade, pois a pele fica mais grossa e bloqueia a luz.

Quanto mais velha Areesha fica, maior seu corpo se torna, e mais tempo ela tem que se submeter à fototerapia - o que pode significar mais de 16 horas por dia. Um transplante de fígado poderia ser uma solução para a menina, que fará alguns testes preliminares para ver suas opções. O pai será testado para verificar a compatibilidade.