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Brasileiros apresentam avanços em pesquisa de terapias genéticas

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Resultados de pesquisas avançadas em câncer, células-tronco e doenças genéticas foram apresentados no último dia da Fapesp Week em Washington (EUA), para uma plateia de cientistas dos Estados Unidos e do Brasil. As informações são da agência Fapesp

Mayana Zatz, professora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo e coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), falou sobre pesquisas com células-tronco feitas pelo grupo que coordena.

"Estudamos células-tronco com o objetivo de poder utilizá-las em terapia celular, especialmente em doenças neuromusculares e craniofaciais, como uma ferramenta que permita melhorar nossa compreensão da expressão gênica em doenças genéticas", disse.

Os estudos incluem uma comparação do potencial de células estromais mesenquimais adultas a partir de fontes in vitro e in vivo de diferentes modelos animais. Os experimentos com fins terapêuticos são voltados para a reparação óssea, tratamento de doenças neuromusculares e distrofias musculares, além da criação de um banco de células-tronco de pacientes com diferentes doenças genéticas.

A palestra de Ricardo Renzo Brentani, diretor-presidente da Fapesp e presidente do Hospital A.C. Camargo, foi sobre o uso de genômica e genética molecular no desenvolvimento de alternativas de tratamento para o câncer.

Brentani descreveu o trabalho feito no Hospital A.C. Camargo, o maior hospital de câncer no Brasil e responsável por cerca de 60% da produção científica em oncologia publicada pelo país. "Há uma década, o A.C. Camargo participou do projeto Genoma Humano do Câncer. Amostras de tumores estudados em 30 laboratórios foram reunidos no hospital, onde foram dissecados por nossos patologistas. O resultado foi a segunda maior contribuição no mundo para o transcriptoma humano", destacou.

Valder Arruda falou sobre estudos feitos pelo grupo que coordena na Universidade da Pensilvânia para o desenvolvimento de terapia genética para o tratamento de doenças hereditárias como hemofilia, a dificuldade de coagulação sanguínea.

De acordo com Arruda, os resultados da adoção de terapia genética em cães com doenças no sangue têm se mostrado altamente promissores.