Um novo partido político suíço quer proibir apresentações de PowerPoint. Das 400 assinaturas exigidas pela legislação eleitoral da Suíça para participar das eleições de outubro, o Partido Anti-PowerPoint, fundado em julho deste ano, conseguiu 805. "Se 3% do eleitorado votar no partido, pela primeira vez na história um deputado do Partido Anti-PowerPoint vai estar sentado em um Parlamento nacional europeu", diz nota publicada pela organização.
O partido foi fundado pelo engenheiro de software e instrutor de apresentações em público Matthias Poehm. "Em alguns países, estudantes e alunos são castigados com notas fracas se fizerem uma apresentação sem usarem PowerPoint. Os chefes obrigam os seus colegas a usar PowerPoint", diz o site do movimento. Ele afirma que o uso do flip-chart, quadro com vários cartazes de papel, em uma apresentação "triplica a eficiência de uma apresentação em 95% dos casos".
Pelo site oficial, o partido afirma que a proposta não quer acabar com o PowerPoint, mas com o "constragimento do PowerPoint". Segundo comunicado, o partido "pretende dar voz a cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo que, todos os meses, são obrigadas a assistir a apresentações aborrecidas em empresas, universidades e outras instituições e que até agora, não tiveram representação política". "A Suiça foi escolhida como sede do movimento porque aqui, cada cidadão, independentemente da sua nacionalidade, pode tornar-se membro de um partido. Não se assuste. Apesar de tudo, trata-se apenas de um movimento", afirma o site do partido.
O partido pretende tornar-se o quarto maior da Suíça em número de membros, e eles afirmam que se tornar membro não é muito diferente de dar um "curtir" no Facebook. O site oficial do partido (https://www.anti-powerpoint-party.com) já está disponível em 12 idiomas, entre eles o português, para incentivar que pessoas no mundo inteiro participem do movimento.