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Envelhecimento lento não é privilégio do homem, diz estudo

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Uma nova pesquisa indicou que o ritmo de envelhecimento humano não é único. O estudo, publicado na revista Science nesta sexta-feira, comparou os padrões de envelhecimento do homem com os de outros primatas, como chimpanzés e gorilas. A informação é do site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

"Humanos vivem por muitos anos além de seu auge reprodutivo. Se fôssemos como os outros mamíferos, começaríamos a morrer rapidamente assim que atingíssemos a meia-idade, mas isso não ocorre", disse uma das autoras do estudo.

A pesquisa se centrou não no declínio inevitável na saúde e na fertilidade que chega com a idade avançada, mas sim no risco de morte. Quando as taxas de envelhecimento dos humanos - aumento no risco de mortalidade com a idade - foram comparadas com dados de quase 3 mil outros primatas, elas se mostraram absolutamente dentro do espectro dos primatas. O resultado da pesquisa confirma que, na média, as fêmeas vivem mais do que os machos.

"Os padrões humanos não são notadamente diferentes, mesmo levando em conta que os primatas selvagens experimentam fontes de mortalidade das quais o homem pode estar protegido", destacaram os autores.