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Recife: Primeiro Centro de Tecnologia Audiovisual do Nordeste é aberto

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Agência Brasil

RECIFE - Foi inaugurado nesta sexta-feira, em Recife, o primeiro Centro de Tecnologia Audiovisual do Nordeste (CTAv). Uma antiga reivindicação dos produtores cinematográficos na região, o centro vai funcionar na Fundação Joaquim Nabuco.

A instituição vai atuar no apoio a produções cinematográficas independentes e na formação de profissionais do setor de audiovisual como fotógrafos, assistentes de direção, técnicos de som e maquinistas, em parceria com governo do estado e a Prefeitura do Recife.

Os cursos vão ser ministrados com apoio de especialistas do Centro de Tecnologia Audiovisual do Rio de Janeiro, que desenvolve há 20 anos ações nas áreas de fomento, formação, difusão e memória do audiovisual brasileiro.

De acordo com o secretário de Audiovisual do Ministério da Cultura, Orlando Senna, o centro integra a política de descentralização da produção audiovisual do ministério. Em 2005, o setor de audiovisual movimentou mais de R$ 25 bilhões, com faturamento de ingressos de cinema, vídeo e publicidade.

- Temos que fazer com que a produção regional cresça dia a dia. Estamos incorporando ao processo regiões tradicionalmente excluídas das ações governamentais do setor. É evidente que vamos ter ainda, durante muito tempo, uma produção audiovisual forte no Rio de Janeiro e São Paulo, já que se tratam dos eixos industriais mais poderosos do país. Para que não houvesse desigualdade na distribuição de recursos, o governo federal aumentou em 150% os investimentos nessa atividade - disse.

De acordo com Senna, a expectativa com a inauguração do CTAv Nordeste é que haja um impulso na atividade cimematográfica de toda a região.

Os produtores independentes do Nordeste vão poder contar com uma câmera cinematográfica de 35mm de última geração, que custou R$ 1,5 milhão e foi doada ao centro pelo Ministério da Cultura. A utilização gratuita do equipamento se dará por meio de processo de seleção dos projetos cinematográficos apresentados.

Dados do Ministério da Cultura indicam no ano passado o Nordeste foi responsável por 30% da produção cinematográfica nacional.