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Jobs diz que clientes da Apple não gostam de alugar músicas

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Agência JB

SÃO FRANCISCO - O presidente-executivo da Apple, Steven Jobs, deu a entender na quarta-feira que é improvável que ceda diante dos apelos das gravadoras para oferecer um sistema de música por assinatura na muito bem sucedida loja online de música iTunes, de sua empresa.

- Não gosto de dizer nunca, mas os clientes não parecem interessados nisso, disse Jobs em entrevista à Reuters depois que a Apple reportou resultados trimestrais fantásticos.

- O modelo de assinatura até agora não obteve sucesso.

Os comentários dele surgem no momento em que a empresa que ele co-fundou se prepara para renegociar contratos com as grandes gravadoras ao longo do mês que vem.

Desde que a Apple lançou a iTunes, em 2003, a loja online vendeu mais de 2,5 bilhões de canções e agora oferece número crescente de programas de televisão e filmes.

Muitos dos profissionais no setor esperam que a iTunes venha a adotar aquilo que, na prática, representa um sistema de locação de música, de modo que as gravadoras possam faturar mais com clientes recorrentes. Mas Jobs diz que não vê muita demanda dos consumidores por isso.

- As pessoas querem ser donas da música que ouvem, afirmou.

Executivos do setor e analistas disseram à Reuters na semana passada que esperam que a Apple pressione as gravadoras por novas concessões sobre a venda de música desprovida de sistemas de proteção contra cópias, conhecidos como administração de direitos digitais (DRM).

Em fevereiro, Jobs instou as quatro grandes gravadoras a abandonar o DRM, decisão que alguns observadores afirmaram, então, ser resultado da pressão que as agências regulatórias européias vêm exercendo sobre a Apple pela abertura do sistema iPod/iTunes a outras plataformas tecnológicas.

A Apple, que produz o player mais vendido do mercado, o iPod, além de controlar a iTunes, já fechou acordo nesse sentido com o EMI Group, a terceira maior gravadora mundial.

- Há muita gente nas demais gravadoras que sente curiosidade quanto à idéia, disse Jobs sobre a proposta de vender canções sem o software protetor.

- Eles estão pensando seriamente nisso, agora.