ASSINE
search button

Espécie sobrevive 40 milhões de anos sem sexo nem machos

Compartilhar

Agência EFE

WASHINGTON - Um grupo internacional de cientistas descobriu um conjunto de organismos que sobreviveu por mais de 40 milhões de anos sem relações sexuais.

Em um relatório publicado na revista 'PLos Biology', o grupo liderado por cientistas ingleses e italianos assinala que seu estudo desafia a presunção de que o sexo é indispensável para a diversificação dos organismos.

Além disso, segundo assinalam, a pesquisa proporciona novos conceitos sobre a evolução das espécies.

O estudo está centrado em rotíferos deltóides, organismos microscópicos aquáticos assexuados que se multiplicam mediante ovos que são clones genéticos de sua mãe, pois não há pais.

Segundo os cientistas, os registros fósseis assim como os dados moleculares mostram que estes microorganismos surgiram há mais de 40 milhões de anos sem necessidade de reprodução sexual e que, desde então, evoluíram e se transformaram em espécies diferentes.

Segundo Tim Barraclough, da Divisão de Biologia do 'Imperial College of London', a pesquisa permitiu descobrir que 'diferentes populações destas criaturas se transformaram em espécies diferentes não só devido a seu isolamento, mas por pressões diferentes em ambientes diferentes'.

Barraclough citou o caso de duas espécies de rotíferos que viviam em um organismo superior muito perto um do outro: um nas patas e o outro no peito. Seu corpo evoluiu de forma diferente para se ajustar a um habitat diferente.

- Estas criaturas são assombrosas e sua existência põe em dúvida a idéia que as que são assexuadas desaparecem rapidamente. Estiveram aqui durante milhões de anos - assinalou.