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O relaxamento Kum Nye conquista cada vez mais adeptos

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Agência JB

RIO - Relaxar é uma arte. No ocidente, há aulas ser desenvolvida pelos ocidentais. A meditação é parte de um um estilo de vida, proveniente da medicina tibetana. Chegou às Américas na década de 70, pelo lama Tarthang Tulku, o relaxamento Kum Nye é um método de aprofundamento da meditação, por meio da integração entre corpo, mente e ambiente. Parece abstrato? Sim. Mas há quem incorpore os tantos benefícios da prática, em pleno Rio Janeiro. Cariocas que encontraram refúgio para a onipresente hostilidade do dia-a-dia fonte de estresse e desequilíbrio emocional nos exercícios, automassagens e técnicas de respiração milenares, outrora usados como terapia de cura.

O corpo expressa o equilíbrio ou desequilíbrio do indivíduo. A partir desse princípio, o Kum Nye ensina a identificar os sinais de que algo não vai bem conosco. Quando não percebemos os sentimentos, ficamos desequilibrados e propensos a doença. Triste, por exemplo, nosso corpo se fecha.

Com o relaxamento Kum Nye, os sentimentos são percebidos naturalmente. A respiração é uma das ferramentas capazes de mudar o estado mental e físico. E os exercícios e as massagens estimulam a percepção para integrar o corpo e a mente. É uma prática preventiva que pode ser aplicada no cotidiano.

O estresse e a confusão diária nos impedem de vivenciar plenamente as nossas experiências. O Kum Nye vai nos direcionar para o desenvolvimento e quietude da

mente, corpo e respiração explica Cristina Bustamante, instrutora de Kum Nye do Instituto Nyingma do Rio de Janeiro, na Fonte da Saudade, que do dia 10 até julho oferecerá um curso para iniciantes.

O bem-estar despertado pelo Kum Nye se materializou em qualidade de vida para o advogado e procurador do Estado João Laudo de Camargo, 52 anos. Adepto da prática há dois anos, o procurador conseguiu livrar-se da tensão adquirida no trabalho e até adotar uma alimentação saudável. Durante uma hora e meia por semana, ele se desliga do mundo exterior no Instituto Nyingma, onde se entrega ao Kun Nye. O resultado é resistência a doenças e serenidade.

Convivo em um ambiente profissional de muita pressão. Eu era ansioso e agitado. O Kum Nye foi meio mágico. A repercussão é interna, mas as pessoas acabam percebendo mais autocontrole e equilíbrio em mim alegra-se João.

A tensão gerada por um projeto novo levou a coordenadora geral da ONG Rede de

Desenvolvimento Humano, Thais Corral, 50 anos, a experimentar o Kum Nye em 1991.

Depois de uma pausa, retomou a prática em 1999, quando se mudou para os Estados

Unidos, para um ano sabático em Havard, quando ainda por cima passava pela menopausa. As mudanças foram superadas com a ajuda do relaxamento. Desde então, Thais

não passa um dia sem fazer os exercícios, seja em casa ou no escritório.

Eu busquei o Kum Nyepara me centrar, porque estava perdida. Foram muitas coisas

novas juntas. Todo mundo precisa de um refúgio. Tem gente que escolhe as drogas. O meu é a meditação opina Thais, ex-fumante graças ao hábito.

O Kum Nye abre a possibilidade de encontrar recursos internos para lidar com as situações. Há seis anos praticante do método, a empresária Ana Paula Pereira, 42 anos, frustra os sinais de estresse assim que começam a despontar, com a retração do pescoço ou pensamentos negativos. Nesse momento, ela se senta com a coluna reta, confortavelmente, e passa a prestar atenção à respiração. Dependendo da situação, entoa mentalmente mantras, visualiza situações tranquilas ou respira contando até 10, igualando o tempo da inspiração e o da expiração.

É uma ferramenta que podemos usar a qualquer momento, com um efeito maravilhoso. Aprendemos a entrar em equilíbrio a partir do corpo, o que é mais fácil do que acalmar a cabeça primeiro acredita Ana Paula.

Peso estabilizado, adeus aos remédios para dormir e ao hiper-tireoidismo. Foram as mudanças sentidas a partir da meditação diária. Se é mérito do Kum Nye, Ana Paula não

sabe.

Mas, uma vez que você tem a sabedoria para levar uma vida mais leve, sem descontrole, se alimenta melhor e se sente mais disposta. Certamente isso se reflete de alguma forma na saúde conclui Ana Paula.

Os tibetanos são realmente sábios.