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Proderj expande inclusão digital a Vigário Geral e Lucas

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Agência JB

RIO - O Proderj (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro) deu início esta semana ao projeto do vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, de levar a inclusão digital para os moradores das principais favelas do Rio de Janeiro através de uma parceria com o grupo cultural AfroReggae.

Responsável por iniciativas bem-sucedidas nesta área como o Programa Internet Comunitária, presente em 55 pontos do estado, e o projeto Liberdade Digital, voltado para a capacitação de adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas nas unidades do Degase a autarquia começará, agora, a apoiar as atividades de iniciação à Informática e acesso popular à Internet já desenvolvidas pela ONG em comunidades como Vigário Geral e Parada de Lucas, além de introduzir algumas novidades.

A primeira delas, anunciada recentemente pela presidente do Proderj, Tereza Porto, será a criação de cursos como Programação em PHP e Implementação de Redes e Segurança da Informação para os jovens destes locais, com foco voltado para as principais demandas do mercado de trabalho e utilizando ferramentas de código livre e aberto, que são a marca dos projetos de inclusão digital do governo fluminense.

Em visita realizada ao laboratório de informática do núcleo comunitário de cultura do AfroReggae em Parada de Lucas o Centro de Inteligência Coletiva Lorenzo Zanetti , a equipe técnica do Proderj realizou as primeiras instalações de softwares livres de automação de escritório nas máquinas do projeto, para que os monitores locais começassem a se familiarizar com os novos programas. Os softwares fazem parte do pacote Livre.RJ, que foi desenvolvido internamente pela autarquia para padronizar as estações de trabalho dos órgãos estaduais e, posteriormente, adotado como padrão nos Centros de Internet Comunitária (CICs).

A partir da semana que vem, estes monitores também receberão treinamento em soluções livres baseadas no sistema operacional Linux, ministrado pela gerência de Inclusão Digital do Proderj, na unidade Proderj/Maracanã. Segundo o coordenador do núcleo do AfroReggae em Parada de Lucas, Evandro João, a novidade foi bem recebida pelo grupo.

- Fugir desse monopólio dos programas proprietários é um sonho antigo, algo que prevíamos desde o início das atividades deste laboratório de informática, há seis anos. A ideologia inclusiva do software livre, aliás, tem bastante a ver com a nossa, afirmou ele.

Para o diretor executivo da autarquia, Júlio César da Hora, que participou da visita à comunidade, o benefício mais imediato para os moradores, no entanto, será o ganho de performance que o Proderj irá proporcionar à atual rede de comunicação de dados que suporta a conexão deste centro multimídia de Parada de Lucas.

- O link do laboratório, cuja velocidade de 600 Kbps (kilobits por segundo) corresponde a uma utilização real de apenas 412 Kbps, será substituído por um bem mais veloz, de 2 Mbps (megabits por segundo), comemorou.

As aulas de informática são o carro-chefe do centro Lorenzo Zanetti, cujas oficinas recebem cerca de 600 pessoas, de segunda a sábado.

Em breve, os moradores de Vigário Geral também terão motivos para comemorar. A sede da Associação de Moradores da região deverá abrigar, ainda no mês de março, o mais novo Centro de Internet Comunitária do Proderj na capital fluminense, onde serão oferecidas aulas de alfabetização digital e acesso gratuito à Internet em banda larga para todas as idades.

A visitação no espaço já é bastante intensa, pois lá funcionam as oficinas de dança, capoeira, percussão e educação do AfroReggae, além de ensaios de bandas e do grupo de teatro ligado à ONG. Até o final do ano, a construção de uma nova sede para o AfroReggae no local o Centro Cultural Waly Salomão abrirá outra oportunidade de parceria com o governo do estado, cabendo ao Proderj a cessão de um link de Internet em alta velocidade para a construção de um laboratório de informática com 30 ou mais máquinas e a reestruturação total da rede de computadores da ONG.