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Médica chinesa viaja aos EUA para receber prêmio por luta contra aids

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Agência EFE

PEQUIM - A ginecologista aposentada Gao Yaojie, de 80 anos e defensora das pessoas com aids na China, partiu hoje de Pequim com destino a Washington para receber um prêmio por seu trabalho, depois de ser impedida de viajar durante 20 dias pelo Governo chinês, informou uma fonte próxima à médica.

A viagem acontece poucas horas depois de o Oscar de Melhor Documentário de Curta-metragem ser concedido a 'The Blood of Yingzhou District', filme sobre as crianças com aids na China.

Gao pegou um vôo com destino aos Estados Unidos às 17h (6h de Brasília) de hoje, e deve voltar à China no final do mês de março, acrescentou a fonte.A médica expressou sua preocupação com possíveis represálias, depois que sua família recebeu pressões das autoridades para dissuadi-la de viajar aos EUA.

Gao foi a primeira a revelar em 1996 um contágio maciço de aids na província central chinesa de Henan, onde mora, considerado um dos piores contágios do HIV do planeta, com centenas de milhares de afetados, diante do silêncio das autoridades locais.

Sua dedicação em ajudar estas vítimas com seus próprios recursos a fez merecedora do prêmio da organização Vital Voices Global Partnership de direitos humanos, uma de cujas presidentes de honra é a senadora Hillary Clinton.

O Governo chinês já havia proibido duas vezes que Gao saísse do país para receber prêmios semelhantes em Nova York, em 2001, e em Manila, em 2003.