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Brasil tem mais de 3,5 milhões de celulares impedidos de funcionar

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Agência Brasil

RIO - O Cadastro de Estações Móveis Impedidas (CEMI), serviço mantido pelas operadoras de telefonia celular, revela que em dezembro de 2006 havia um total de 3.732.431 aparelhos de celulares impedidos de funcionar com a tecnologia CDMA/TDMA, mais sucestível a clonagens.

Os impedimentos tem origens em casos de roubo, furto e perda de celulares. São Paulo exibia o maior número de celulares impedidos de serem utilizados por outra pessoa: 1.578.156, seguido do Rio de Janeiro (592.494) e Rio Grande do Sul (320.449).

Já com a mais moderna tecnologia GSM, o número de estações impedidas de habilitação é menor, segundo mostra o cadastro. Em dezembro do ano passado, o total era de 977.660 aparelhos, sendo que a maioria (811.671) foi inscrita em São Paulo. Nos números computados pelo CEMI, não está incluída a clonagem de aparelhos. A Associação Nacional das Operadoras de Celulares (ACEL) não dispõe de informações sobre clonagem.

Contudo, o número de inscrições no CEMI tem aumentado nos últimos anos em decorrência do crescimento da violência, sobretudo nas grandes cidades. Um balanço divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostra que o país já possui mais de 100 milhões de aparelhos em operação. São 100.717.141 assinaturas do Serviço Móvel Pessoal (SMP), com 80,58% de aparelhos pré-pago e 19,42% com planos de conta ao final do mês.

Segundo a agência, de 1997 até agora, a telefonia móvel cresceu 22 vezes ao chegar a mais de 96,2 milhões de assinantes. Hoje, o país possui 2,8 telefones celulares para cada grupo de 100 habitantes.

A associação das operadoras de celular adverte os consumidores que forem vítimas de roubo e furto ou que percam seus aparelhos para comunicar o fato oficialmente, no prazo acordado entre as empresas, que é de sete dias. Isso pode ser feito através do boletim de ocorrência da polícia ou escrevendo de próprio punho um documento sobre o fato.

A medida visa evitar o pagamento de cobranças indevidas. A entidade explica que ao final do prazo de sete dias, se o consumidor não formalizar o roubo, furto ou perda junto à operadora, ela retira o telefone do Cadastro de Estações Móveis Impedidas.

Com isso, o telefone é reativado e o usuário arca com o prejuízo, como ocorre em relação a qualquer outro bem. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, foram registrados em 2006 cerca de 19.883 furtos de celulares e 7.962 roubos em todo o Estado.

Em 2004, o total de roubos desses aparelhos alcançou 11.084. No período de 2001 a 2004, foram roubados no Estado do Rio de Janeiro 53.253 celulares.