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Governo reduz preço de remédio contra leishmaniose

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Agência Brasil

SÃO PAULO - O ministro da Saúde, Agenor Álvares, assinou nesta sexta-feira um acordo com o Grupo Sanofi-Aventis que reduzirá em 18% o custo do principal remédio (Glucantine) usado no tratamento contra leishmaniose. Com isso, a ampola do medicamento passará a custar R$ 3,05.

O Glucantine contém o princípio ativo antimoniato de meglumina, recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) contra a leishmaniose visceral, cutânea e muco-cutânea.

A redução de custos foi possível depois que o Grupo Sanofi-Aventis decidiu concentrar a produção de remédio na unidade de Suzano, na grande São Paulo. Em 2006, essa mesma fábrica produziu 6,5 milhões de ampolas do remédio - 70% para o mercado interno e o restante para países da América Latina.

A leishmaniose afeta aproximadamente 90 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, nos últimos 25 anos (entre 1980 e 2005), foram registrados 671.225 casos da doença concentrados em dois tipos: viceral e tegumentar americana. Quando não tratada a tempo, a doença causa morte em um prazo de dois anos.

O Ministério da Saúde é a única instituição que distribui medicamentos sem custo para o tratamento da doença. O tipo viceral é considerado endêmico no país, atingindo pessoas em 19 dos 26 Estados brasileiros, enquanto a tegumentar já foi registrada em todos os estados.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, apenas três países concentram 90% dos casos de leishmaniose no globo: Bolívia, Brasil e Peru. As autoridades brasileiras de saúde consideram o processo de contaminação em franca expansão, sendo que nas regiões Norte e Nordeste estão concentrados 73% dos casos do tipo muco-cutânea.

A leishmaniose é uma doença infecciosa que pode ser causada por vários protozoários do gênero leishmania e transmitida pela picada do mosquito flebótomo.