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Um terço das espécies do Rio Amarelo pode ter sido extinta

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Agência EFE

PEQUIM - Um terço das mais de 150 espécies de peixes que, segundo se calcula, viviam nas águas do Rio Amarelo, o segundo mais longo da China, podem ter sido extintas devido à ação informou à imprensa do gigante asiático. Fontes do Ministério da Agricultura chinês apontaram que espécies como a carpa e a 'Coreius septentrionalis' não poderiam sobreviver dadas as atuais condições do rio, castigado pelo excesso de pesca e pelos vários projetos hidrelétricos que degradaram o ecossistema de seu leito.

O clima árido e o baixo volume de precipitações, que fizeram o Rio Amarelo registrar o menor caudal de sua história, encontram-se entre os outros fatores que prejudicam a fauna e a flora. Para enfrentar a situação, o Ministério da Agricultura criou um comitê que será encarregado da elaboração de programas destinados a acabar com os problemas de poluição.

- Trata-se do primeiro observatório meio ambiental especializado no Rio Amarelo - disse o vice-ministro Fan Xiaojian. - O novo órgão promoverá uma proteção coordenada das diferentes áreas do rio - declarou.

Conhecido como o berço da civilização chinesa, o Rio Amarelo estende-se ao longo de 5.464 quilômetros entre o planalto de Qinghai-Tibet (sudoeste), onde nasce, até sua foz, no Mar de Bohai, província de Shandong (nordeste).

Em seu curso, garante o abastecimento de água de mais de 155 milhões de pessoas e 15% das plantações chinesas, e sua produção pesqueira foi de 2,87 milhões de toneladas em 2005. Porém, seu nível de poluição é de 66% das águas.