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Espanhóis desenvolvem técnica para regenerar pele queimada

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EFE

MADRI - Um grupo de pesquisadores espanhóis desenvolveu uma técnica capaz de regenerar a pele queimada, que também pode ser utilizada no combate a doenças como diabetes e hemofilia.

Esta técnica, cujos detalhes serão publicados na edição de janeiro da revista 'Biomaterials', permitiu regenerar a pele degradada de ratos imunodeficientes, segundo explicou hoje à Efe o químico Leoncio Garrido, um dos autores do trabalho.

Garrido, que trabalha no Instituto espanhol de Ciência e Tecnologia de Polímeros, disse que a técnica consiste em colocar pedaços de um plástico biodegradável sobre a região afetada por queimaduras ou úlceras, nas quais células epiteliais capazes de regenerar a zona danificada foram espalhadas previamente.

Segundo ele, se em lugar de células epiteliais se conseguir incorporar com sucesso células modificadas geneticamente que produzam insulina ou fatores de coagulação, a técnica poderia curar deficiências como diabetes e hemofilia.

Analistas do Instituto de Física Rocasolano, que colaboraram nos dois anos de trabalho desta pesquisa, foram os responsáveis por perfurar o plástico com laser para abrir nele poros separados por cerca de 200 micras, e um diâmetro de 100 micras (0,2 e 0,1 milímetros).

Os poros no material permitem que as células epiteliais possam "migrar' para a derme danificada, e gerar tecidos sãos, após o qual o suporte desaparece, por ser biodegradável.

O bioplástico utilizado, que tem como base metabólitos presentes no organismo de animais e pessoas, é um poliéster originado por bactérias.