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Estudo diminui os méritos de novas formas de prevenção cardíaca

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EFE

WASHINGTON - Os fatores de risco como o nível de colesterol, a pressão e o diabetes continuam sendo a melhor forma de prever o perigo de um ataque ao coração, revelou um estudo divulgado nesta quarta-feira pela revista 'New England Journal of Medicine'.

A pesquisa realizada por cientistas do Instituto Framingham de Estudos Cardíacos do estado americano de Massachusetts indica que as novas provas com as quais os médicos esperavam melhorar a previsão não são melhores que o acompanhamento convencional dos fatores de risco.

Nos últimos anos, os médicos americanos achavam ter melhorado a previsão de males cardíacos através da análise de substâncias presentes no sangue como uma proteína reativa-C, a homocistina ou um peptídio natriurético.

No entanto, o estudo revelou que a diferença entre a previsão cardíaca com essas substâncias ou biomarcadores e os fatores de risco é insignificante.

"É decepcionante. Acho que nosso estudo e outras investigações começaram a diluir o entusiasmo', assinalou Thomas Wang, professor auxiliar da Escola de Medicina da Universidade de Harvard.

A conclusão se baseia no acompanhamento durante 10 anos de 3.209 participantes do estudo para determinar se algum desses biomarcadores podia servir como previsão de um ataque cardíaco.

"A combinação desses marcadores permitiu em pequena medida prever quem corria um maior risco. Mas não acrescentou muito' à previsão, assinalou.

Segundo Richard Stein, diretor de cardiologia preventiva do Centro Médico Beth Israel, em Nova York, o resultado do estudo respalda o valor de reduzir os fatores de risco 'e não buscar uma prova mágica'.