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Pinguins oferecem evidência de aquecimento global, diz cientista

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Reuters

MCMURDO STATION (Antártica) - Os primeiros filhotes de Pingüins-de-Adélia da estação, pequenos o suficiente para caber na palma da mão, começaram a sair dos ovos neste mês, e o simples fato de que há um maior número no Sul e uma menor quantidade no Norte é um sinal do aquecimento global, dizem cientistas. Menores do que os pingüins Imperador, os Pingüins-de-Adélia têm cerca de 193 colônias com uma população total de 2,5 milhões de casais, disse o pesquisador David Ainley em uma entrevista por telefone de seu acampamento em Cape Royds na Antártica:

- A taxa de desaparecimento das colônias de Pingüins-de-Adélia está aumentando com o degelo do mar.

Com a diminuição do gelo no mar do Norte, a população de pingüins diminui. Colônias de pingüins no Sul prosperam com o derretimento do gelo, pois facilita o mergulho deles e sua alimentação, segundo Ainley. Pingüins-de-Adélia e Imperadores são as duas espécies de pingüins que vivem no gelo do mar. Todos os outros pingüins vivem em mar aberto. Os Pingüins-de-Adélia migram de acordo com as temperaturas pelo menos desde a chamada 'Pequena Era do Gelo', que ocorreu por volta de 1200, Ainley disse.

- Enquanto a Terra resfriou um pouco, as colônias de Pingüins-de-Adélia começaram a aparecer no Norte durante a Pequena Era do Gelo - informou. - Mas, desde então, Pingüins-de-Adélia vêm migrando e nos últimos 30 anos o processo se acelerou.

Questionado se haveria dúvidas de que isso seja resultado de ações humanas que provocam o aquecimento global, Ainley respondeu que "não".