ASSINE
search button

Mundo negligencia lições de risco de tsunami

Compartilhar

Reuters

JACARTA - O mundo poderia ver novamente as mortes e destruição provocadas pelo tsunami no Oceano Índico em dezembro de 2004 se não se dedicar mais à redução dos riscos de um desastre, alertou a Cruz Vermelha. O tsunami que deixou mais de 200 mil pessoas mortas ou desaparecidas ao redor do Oceano Índico deveria ter ensinado o valor da prontidão, mas 'a redução do risco continua baixo na agenda internacional', apontou a entidade em um comunicado.

A Cruz Vermelha pediu um aumento nos gastos globais para prontidão para 1 bilhão de dólares anuais, 10 por cento da quantidade gasta com ajudas humanitárias. A cifra está atualmente ao redor de 4 por cento.

- Quando a primeira avaliação de prejuízo é feita e o custo de reconstrução após um terremoto ou algum outro desastre é feito, a redução de risco não é imediatamente considerada, freqüentemente - disse Johan Schaar, representante especial da federação para tsunami.

- O que normalmente é feito é simplesmente reconstruir o que estava lá, mas se o que estava lá constituía risco para as pessoas isso tem que mudar' para reduzir as chances de morte e destruição parecidas no futuro - acrescentou.

A redução de risco pode variar da educação das pessoas sobre primeiros socorros a o que fazer quando desastres ocorrem, para proteger as costas de tsunamis e implementar códigos de construção seguros contra terremotos. Fora as vidas em potencial que serão salvas, a federação estima que um dólar gasto na prevenção pode economizar até 10 dólares nos custos de construção.

Em uma medida, a Cruz Vermelha da Indonésia lançou uma rede de rádio para transmitir alertas iniciais para comunidades em Aceh, a província mais atingida pelo tsunami, com mais de 170 mil pessoas mortas ou desaparecidas. Nesses esforços, uma parte importante do sucesso é educar as pessoas em como usar o sistema, não apenas instalar o equipamento, disse Schaar, que estava em Jacarta para reuniões após uma visita a Aceh.

- Há bons esforços para a construção desse sistema de alertas para os países do Oceano Índico, mas muito do foco tem sido nos aspectos tecnológicos. Se as pessoas não recebem o alerta e se não sabem o que fazer quando ele chega, então não será eficiente - ressaltou.