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Estudo mostra que álcool já foi consumido por 74,6% dos brasileiros

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Agência Brasil

BRASÍLIA - Levantamento Domiciliar sobre Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil revela que 74,6% das pessoas já fizeram uso de álcool nas 108 maiores cidades do país. A menor ocorrência foi na região Norte (53,9%) e a maior, na Sudeste (80,4%).

O estudo, divulgado nesta sexta-feira, foi feito no ano passado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad). Segundo o levantamento, a dependência do álcool aumentou no Brasil, passando de 11,2%, em 2001, para 12,3%, em 2005.

No Nordeste, esse percentual atingiu 14%. De cada quatro pessoas do sexo masculino que fazem uso na vida de álcool, uma delas torna-se dependente, diz a pesquisa.

O uso da maconha nas 108 maiores cidades do país foi feito por 8,8% das pessoas. O Sudeste foi o campeão nesse indicador, com 10,3%. Em 2001, 1% do grupo pesquisado no Brasil era usuário dessa droga. No segundo levantamento, o número subiu para 1,4%. A maconha seria a droga mais facilmente encontrada, segundo 65% dos entrevistados.

O uso do tabaco pulou de 9%, em 2001, para 10,1% no ano passado.

No Brasil, segundo o levantamento, 44% já fizeram uso da droga, e o maior percentual de dependentes está na região Centro-Oeste, com 11,5%.

Para o diretor do Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), Elisaldo Carlini, que participou da pesquisa, não há números alarmantes no levantamento. Há pequenas alterações. Os pequenos aumentos, que não são estatisticamente significantes, correm em paralelo praticamente com o mundo todo. Segundo ele, há uma expectativa da sociedade de que o país fique livre das drogas. Mas isso não vai acontecer, ponderou, acrescentando que não há possibilidade de o ser humano ficar com zero no consumo de drogas. É uma ilusão total uma sociedade livre de drogas. O que precisamos evitar é que haja uma epidemia.

O 2º Levantamento Domiciliar sobre Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil foi apresentado no Palácio do Planalto, durante a assinatura do acordo de cooperação entre Brasil e Portugal na área de psicotrópicos