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Escolas do Grupo Especial iniciam desfile na Sapucaí

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As escolas do Grupo Especial do Rio começam, na noite desde domingo (11), a disputa pelo título de campeã de 2018. Neste primeiro dia, desfilam quatro que já levantaram o caneco: Império Serrano, Unidos de Vila Isabel, Estação Primeira da Mangueira e Mocidade Independente de Padre Miguel, que dividiu o título de 2017 com a Portela, depois de contestar o resultado com base no erro de um dos julgadores. Segue abaixo um resumo dos desfiles de hoje.

Império Serrano

A primeira agremiação a entrar na avenida neste domingo será a Império Serrano, que após vencer o carnaval do ano passado no Grupo da Série A, conquistou o direito de voltar à elite do carnaval do Rio, com o enredo Meu quintal é maior do que o mundo, uma homenagem ao poeta cuiabano Manoel de Barros. E em 2018, a verde e branco de Madureira, na zona norte do Rio, vai lutar pela permanência no grupo, falando de um país do outro lado do mundo: O Império do Samba na Rota da China. E vai aproveitar as viagens de Marco Polo para contar a história.

São Clemente

Na sequência o público vai receber a São Clemente. A amarelo e preto de Botafogo, bairro da zona sul do Rio, concorre com o enredo Academicamente Popular e vai homenagear os 200 anos da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde o carnavalesco Jorge Silveira se formou. A ideia do enredo foi da própria escola, após analisar uma pesquisa feita por Silveira sobre a instituição. Silveira garantiu que a parceria entre a academia e o samba tem tudo a ver.

Vila Isabel

A Unidos de Vila Isabel vai para a avenida este ano com muito apetite pelo título e, com o enredo Corra que o futuro vem aí, a escola do bairro de Noel Rosa vai abordar descobertas e invenções. Até mesmo a troca de coreógrafos da comissão de frente, faltando poucos dias para o carnaval da azul e branco, foi contornada pelo carnavalesco Paulo Barros, para tentar garantir os pontos também neste quesito.

Paraíso do Tuiuti

“Meu Deus, Meu Deus, está extinta a escravidão?” É o que questiona a Paraíso do Tuiuti no enredo com que desfilará no Grupo Especial neste domingo. A escola, que será a quarta a desfilar, quer mostrar que mesmo após a libertação das pessoas escravizadas ainda não houve integração, igualdade de direitos e de cidadania para os negros. Para discutir esta questão, a agremiação vai ter um apoio importante das baianas, que representarão a nobreza africana dentro do enredo.

Grande Rio

A Acadêmicos do Grande Rio tem batido na trave nos últimos anos. Ficando sempre entre as campeãs, fez bons carnavais, mas não conquistou o título. Dessa vez, a aposta é grande e para isso convocou a memória de um dos artistas mais populares do Brasil. Abelardo Barbosa, o Chacrinha. O bordão tantas vezes entoado por ele em seus programas, “Vai para o trono ou não vai?” , é o tema do enredo e serve para o carnavalesco acreditar que agora a vermelho, verde e branco de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, vai sim para o trono.

Mangueira

Em momentos de crise, surgem soluções criativas. É comum se ouvir este argumento, mas a Mangueira tratou logo de transformar isso em realidade. Diante das dificuldades financeiras com a redução de recursos da Prefeitura do Rio para as escolas de samba, o carnavalesco Leandro Vieira resolveu dizer: Com dinheiro ou seu dinheiro, eu brinco.

A verde e rosa não vai apenas criticar o corte no dinheiro público, mas ampliar a discussão e avaliar o modelo atual das escolas de samba, voltado para a aplicação de grandes somas de recursos e grandes produções. E vai levar para a avenida o que Leandro considera como um carnaval genuíno, como o que existia no passado no Rio e ainda está na lembrança de muitos foliões.

Mocidade

O primeiro dia dos desfiles termina com a passagem da Mocidade Independente de Padre Miguel  na avenida, com o tema “O que há de comum entre a Índia e o Brasil?” Para o carnavalesco Alexandre Louzada, não bastava apenas falar da Índia. Afinal, no ano passado a escola foi campeã com um enredo que abordava Marrakech, cidade do Marrocos. Para 2018 a ideia é mostrar que na alimentação há identidade de costumes entre indianos e brasileiros.