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Afundamento em carro alegórico deixa vários feridos no Sambódromo

Parte superior de carro alegórico desmoronou ferindo os integrantes da Unidos da Tijuca

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A queda de uma estrutura de um carro alegórico durante um dos desfiles no Sambódromo do Rio de Janeiro deixou, na madrugada desta terça-feira (28), 12 pessoas feridas. Dois dos feridos foram levados para hospitais em estado grave.

O acidente aconteceu quando uma passarela instalada no alto de um gigantesco carro da escola Unidos da Tijuca, com quase uma dezena de pessoas que desfilavam sobre a alegoria, desabou.

Vinte pessoas, no total, foram atendidas em decorrência do acidente com o carro alegórico da Unidos da Tijuca. Desse total, 12 ficaram feridas e oito receberam assistência devido à ansiedade e ao nervosismo provocados pelo estresse em função do acidente. Nove pessoas foram transferidas em ambulâncias para os hospitais municipais Souza Aguiar, no Centro, Miguel Couto, na Gávea, e Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.

A secretária executiva Viviane Pereira, 37 anos, estava no carro, mas não se feriu e continuou na alegoria até a dispersão. "Escutamos um barulho e sentimos um tremor muito forte, mas achei que fosse algum efeito do carro. Depois, as pessoas começaram a gritar desesperadas para parar o carro."

Com o acidente, o veículo teve que ser parado para que os bombeiros pudessem socorrer os feridos. A escola continuou o desfile enquanto isso, orientando suas alas a contornarem as laterais do carro alegórico. A narrativa proposta pelo enredo, entretanto, acabou desfigurada pela mudança de ordem.

A escola prestou homenagem a Pixinguinha e Louis Armstrong, imaginando uma aproximação dos dois gênios a partir de um encontro que aconteceu na década de 50.

O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, prometeu que a escola dará assistência às vítimas do acidente, caso seja necessário. "Não foi excesso de peso, porque as pessoas ensaiam dentro do carro", disse Horta, destacando que não acredita que o problema tenha sido estrutural.

Outros problemas

Outras duas escolas tiveram problemas com suas alegorias durante esta madrugada. A União da Ilha teve dificuldade em manobrar sua penúltima alegoria na entrada do sambódromo, o que obrigou a escola a segurar o desfile para que o buraco formado pelo problema não crescesse. Na saída, o carro voltou a apresentar problemas para sair da dispersão e houve correria para empurrá-lo.

Quando a São Clemente entrou na avenida, a União da Ilha ainda tentava retirar o carro da dispersão e só conseguiu quando a escola da zona sul já tinha avançado cerca de metade do percurso.

A Mocidade de Padre Miguel foi outra escola que teve dificuldade em retirar uma de suas alegorias do sambódromo. O problema foi parecido com o da União da Ilha, mas foi mais facilmente resolvido.

O presidente da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesa), Jorge Castanheira, disse que vai haver uma reavaliação dessas questões a partir dos problemas que forem identificados nos desfiles. Ele afirmou que a possibilidade de interromper o desfile diante de um acidente como o da Unidos da Tijuca não existe no regulamento.

"Quando cheguei lá, os bombeiros já estavam atuando e entendi que estava sob controle a situação. E a escola prosseguiu com seu desfile", disse Castanheira, que considerou o ano atípico. "Vamos analisar caso a caso".

Segundo ele, a Polícia Civil fará na manhã da próxima quarta-feira uma reconstituição do acidente envolvendo o carro alegórico da Paraíso do Tuiuti.

Com Agência Brasil