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Tempo nublado e chuva não desanimam foliões no Rio

Boitatá, Bangalafumenga, Areia e Primeiro Amor garantiram a alegria neste domingo

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A folia não para na cidade e o domingo de Carnaval “concentrou” no Aterro do Flamengo milhares de pessoas para acompanhar o som do Bangalafumenga, desde às 10h, transcorrendo, até o momento sem graves incidentes. A irreverência e a criatividade também tomaram conta dos seguidores do Areia, no Leblon e do Primeiro Amor, na Barra da Tijuca, que segundo os organizadores devem arrastar 20 mil pessoas. 

No Centro, o tradicional Cordão do Boitatá, “parado”, na Praça XV estimava reunir milhares de pessoas e na Ilha do Governador, o Vermelho e Branco da Colônia Z-10 alegrou o carnaval do bairro. 

A chuva, que ora caía fina, ora dava trégua, não desanimou os cariocas e turistas que aproveitam o carnaval na cidade. O Cordão do Boitatá, que este ano está em seu 21º carnaval, homenageou Tom Jobim, Moacir Santos e Ismael Silva.

“A nossa história com o carnaval começou com o cortejo de rua, que se mantém. No domingo passado saiu nosso cortejo. Mas, desde 2005, a gente começou com esse baile aqui na Praça XV. Porque o Cordão do Boitatá não nasceu como bloco de carnaval, mas sim como bloco de música”, conta o músico Kiko Horta, um dos fundadores do grupo.

Já o bloco Bangalafumenga, que comemora seu vigésimo carnaval, começou o desfile atrasado, pouco antes das 11h. “A gente já nasceu diferente, porque a gente nunca teve um compromisso com a tradição do samba. A gente tinha um compromisso em fazer uma batucada bacana. Desde o início, a gente toca de tudo: funk, ciranda, xote, maracatu... Acho que isso foi uma coisa diferente, que aconteceu em 1998 e as pessoas curtiram”, afirmou o vocalista da banda, Rodrigo Maranhão.

Fã do bloco, a foliã Karla Oliveira chegou cedo para curtir o baile do Bangalafumenga com a família. “Todos anos, participamos do Bangalafumenga. É um bloco animado, alto-astral e canta músicas que o povo conhece. Sempre venho com meu marido, e essa é a primeira vez que a gente traz os filhos”, disse.

Fiscalização

A Coordenação de Controle Urbano (CCU) e a Guarda Municipal atuaram em conjunto para coibir a presença de ambulantes não autorizados. Na manhã deste domingo (26), foram apreendidos 55 óculos de sol.

No sábado (25), mais de um milhão e meio de pessoas foram às ruas acompanhando os desfiles dos blocos que aconteceram em diversas regiões da cidade. A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) removeu neste sábado (25), um total de 87 veículos, a maioria em áreas de desfiles de blocos. Foram 24 no Bola Preta, 13 no Empolga às Nove, dez no Favorita, nove no Escangalha, quatro no Carrossel de Emoções, quatro no Carioca da Gema e três na Banda de Ipanema. Os outros 20 foram no entorno do Sambódromo. Somados aos 24 de sexta (24), primeiro dia da operação de fiscalização da Seop, foram retirados ao todo 111 veículos estacionados irregularmente em pontos de maior concentração de blocos.

Com o apoio da Guarda Municipal e 21 reboques, a operação prosseguirá até quarta-feira de cinzas, dia 1/3. 

Comlurb

O sábado de carnaval foi intenso em toda a cidade e a Comlurb removeu 164 toneladas de lixo do Sambódromo e das ruas do Rio, após a passagem dos blocos e ao término dos bailes públicos. Os foliões lotam os blocos e permanecem nas ruas, dando mais trabalho para as equipes de garis. A limpeza da segunda noite de desfiles, ontem, que continuou até a parte da manhã deste domingo, rendeu  41 toneladas na Passarela do Samba, nas áreas interna e externa, sendo 5,6 toneladas de recicláveis entregues às cooperativas cadastradas na Companhia. 

O carnaval de rua continua crescente e no dia que saíram o Cordão da Bola Preta, com 28,7 toneladas de lixo, Favoritas, 15 toneladas Escangalha, 4,6 toneladas, Bloco do Barbas, 1,3 toneladas, Blocão da Barra, 250 Kg, Só Cheiro de Amor, 585 Kg, Cigana Feiticeira de Olaria, 790Kg e Amigos da Esquina, no Engenho de Dentro, com 336 Kg, o total de lixo recolhido dos blocos foi de 75,5 toneladas. E a Comlurb ainda teve muito trabalho para limpar os bailes de rua, que fizeram a alegria, principalmente, dos foliões da Zona Oeste, e produziram 42 toneladas de resíduos. As escolas que desfilam na Intendente Magalhães levaram muito público para a avenida, que gerou 5 toneladas de resíduos.