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Confiantes, torcedores da Vila Isabel lotaram arquibancadas durante apuração

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Nas arquibancadas do Sambódromo, a festa era generalizada nesta quarta-feira (13). Em grande número, a torcida da Vila Isabel já cantava, antes mesmo do início da apuração, que a escola era a campeã do carnaval carioca. Os torcedores fizeram um grande coro na Marquês de Sapucaí e reagiam a cada nota dos jurados. Não faltaram homenagens, especialmente a Martinho da Vila, um dos autores do samba-enredo deste ano, que fez 75 anos na segunda-feira (11).

O prestador de serviços gerais Antonio Marcos já estava com a confiança em alta minutos antes do início da apuração. "Estou 100% confiante. A Unidos da Tijuca vai descer e a Mangueira vai chorar. Depois daqui, vai todo mundo para a quadra comemorar", provocou Antonio. 

Simone de Oliveira, auxiliar de creche, não conseguia conter a emoção após o anúncio de campeão. Com um grupo de amigos, ela já prometia que a comemoração seria farta na quadra da escola, em Vila Isabel. "Desfilo na Vila Isabel há mais de dez anos e esse ano a escola veio muito bonita. A gente lutou muito para ter esse título", desabafou Simone. 

Diretamente de Vassouras, no interior do Rio, o presidente do bloco Verde e Amarelo de Vassouras, Toninho, alegou ter trazido sorte à Vila Isabel. "Essa é a primeira vez que venho assistir à apuração e parece que trouxe sorte à minha escola", brincou. "Também, com um enredo desses, um samba maravilhoso feito por mestres, a Vila tinha que ser campeã". 

O salgueirense Adilson Bruno, de 68 anos, desfila com a escola desde a sua criação, em 1953. Ele foi ao Sambódromo para, em suas palavras, não "enlouquecer dentro de casa". "Gosto de ver o anúncio de campeão de perto. Pela televisão, a gente infarta. Agora vamos para a quadra aliviar o estresse e comemorar", disse o experiente sambista.

Rivais da Vila Isabel na disputa pelo título, os torcedores da Beija-Flor também estiveram no Sambódromo em bom número. A tensão a cada nota era dissuadida por provocações e gritos de apoio, tudo em clima de folia. 

Com a influência da avó e da mãe, a enfermeira Carla Jacó, moradora de Belém, no Pará, ultrapassou os mais de três mil quilômetros para prestigiar a escola do coração. Ela não questionou o resultado final, mas assegurou que a agremiação deu o seu melhor: 

"Se é justo (o resultado), não sei. Mas a Beija-Flor fez tudo o que pôde. Demos tudo de nós, se não foi possível, quem sabe no próximo ano. Estando aqui ou em Belém do Pará, ajudo sempre no que puder a minha escola", garantiu Carla.