'A idéia é entrarmos em uma competição eventualmente internacional para facilitar a vacinação, que é uma arma fantástica de eliminar doença infecciosa. Nós temos que caminhar para um programa dentro da lógica do mercado de competição', afirma o diretor presidente da Fundação Butantan, o cientista e professor da Universidade de São Paulo (USP), Isaias Raw.
O cientista diz que o país tem condições de produzir a vacina a um preço menor que o do mercado. Raw explica que a maioria dos laboratórios internacionais precisa reservar orçamento para financiar a publicidade da vacina, para vendê-la, situação que o Butantan não enfrenta, já que a vacinação contra gripe no Brasil é majoritariamente gratuita.
Inaugurada na última quinta-feira, a nova fábrica está localizada no Instituto Butantan. Além da vacina contra a gripe comum, deve também começar a produzir dez novas vacinas até 2010. Entre elas, estão a vacina contra a dengue, contra Hepatite B, rota vírus polivalente e uma nova vacina contra difteria, tétano e coqueluche. Essa é a primeira fábrica de vacinas desse tipo na América Latina e a segunda no hemisfério Sul. O potencial de produção é de até 40 milhões de doses da vacina por ano, e da quantidade de pessoas hoje atendidas pela campanha de vacinação, em torno de 16 milhões.
As informações são da Agência Brasil.