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Pag. 42 - Supersonicas

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POR E-MAIL ITHAMARA KOORAX Com dois discos recém lançados no exterior, um deles, o denso O grande amor ( Fotografia , Deixa , Pra machucar meu coração ), com o trio do trumpetista suíço Peter Schärli, a cantora Ithamara Koorax celebra 20 anos de carreira numa série de shows no Bar do Tom, a partir de amanhã. No repertório, inéditas em sua voz como What’s goin’ on (Marvin Gaye), Brazilian rhyme (Earth, Wind e Fire) e Vesti azul (Nonato Buzar).

Que balanço faz destes vinte anos de carreira? – Muito positivo. 14 CDs, participações em outros 200 discos. 10 trilhas para novelas, seis para filmes, shows pelo mundo todo. Toquei e gravei com meus maiores ídolos: Elizeth, Tom, Bonfá, Dom Um, Hermeto, Ron Carter, Os Cariocas, Larry Coryell, a lista, felizmente, é imensa. Entrei de cabeça no conceito de música universal que o Hermeto me ensinou e me sinto realizada.

Como foi a ‘Bim bom world tour’, do CD com as composições de João Gilberto? – Além do êxito do disco, aclamado no mundo todo, a turnê foi um sucesso. 47 shows no Brasil e 51 no exterior, incluindo três excursões pela Europa e duas pela Ásia. No final da última delas, fiz um show para 5 mil pessoas na cidade de Gwangju, na Coréia, que foi filmado para especial de TV e lançamento em DVD.

Curiosamente, só não fui convidada para apresentar o show em São Paulo.

Quais as novidades do show ‘Bossa jazz 2011’? Vai virar disco? – Ainda não sei, mas tem muita coisa legal, como a versão que o Lennie Dale fez para The lady is a t ra m p . Entram também músicas dos dois novos CDs, que acabam de sair no exterior, O grande amor , gravado em março, na Europa, com o Peter Scharli Trio, e A r i ra n g , gravado em agosto na Coreia, juntando músicos de minha banda (Rodrigo Lima, Wilson Chaplin) com astros de música pop c o re a n a .

Cantos indígenas do Mawaca Formado por sete cantoras/dançarinas e seis instrumentistas, referência da música étnica no país com largo percurso no exterior, o grupo Mawaca festeja 15 anos de carreira independente, dias 15 e 16, no Sesc Pinheiros, em SP. Lança o DVD Ru pestres sonoros – O canto dos povos da Amazônia (mú sicas dos índios Kayapó, Wari, Pakaa Nova, Kaxinawá, Txucarramãe, Suruí), que traz ainda o tradicional refrão Cirandeiro , utilizado por Edu Lobo, e Clandestino , de Manu Chao. “Escolhi canções que me chamaram a atenção pela raridade melódica, lindeza da língua e ritmo inusitado, o oposto que um antropólogo talvez fizesse”, conta Magda Pucci, diretora musical do grupo. Gallagher chutou a fama Precursor do power trio com o Taste, de curta duração, iniciado numa guitarra Stratocaster (“igual à de Buddy Holly”), o irlandês Rory Gallagher (1948-1995) tomou de assalto o blues/rock inglês do começo dos anos 70. Saído do universo canhestro das show bands, ele logo liderava a votação de melhor guitarrista da revista Melody maker , à frente de um tal Eric Clapton. Em 1974, chegou a ser cogitado para substituir Brian Jones nos Rolling Stones. Parece ficção o DVD Ghost blues – The story of Rory Gallagher (ST2), mas é real a ascensão e derrocada do fabuloso às do irish blues – morto após misturar remédios e álcool – incensado em depoimentos de sumidades como The Edge (U2), Johnny Marr (The Smiths), Bill Wyman (Stones) e Slash (Guns ’N’ Roses).