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Como escolher bem o seu azeite de oliva

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O azeite de oliva é um aliado para a sua saúde. Mas você precisa ficar atento, pois a imensa maioria apresenta adulterações. O passo a passo que aconselho é:

Dê preferência a um azeite extravirgem, orgânico. 

Se tiver a oportunidade de conhecer o produtor e a região de onde provém o azeite, faça isso, para ver se de fato ele segue os princípios e ideias inscritos no rótulo ou se é apenas marketing. Este é um conselho para todo tipo de alimento. É importante conhecer os produtores e saber como trabalham. 

Procure marcas exclusivas em vez de marcas de supermercados ou embaladores. No fundo, trata-se de verificar sua origem e procedência: muitos azeites são produzidos num local e engarrafados noutro. Não escolha pela acidez, pois esta não é reveladora da qualidade nem está relacionada ao sabor e pode ser facilmente alterada por processos químicos.

O prazo máximo de um azeite de boa qualidade deve estar entre 18 e 24 meses. Ele tende a oxidar ao fim de dois anos. Opte por embalagens escuras e de vidro, ou verifique a data de validade. Confirme se a data indicada é a da colheita do ano atual. Na maioria das vezes, aparece a data de engarrafamento, o que é errado, já que muitos azeites são armazenados e, depois, misturados com a colheita do ano mais recente.

Para fazer as contas é fácil: se a data de colheita é dezembro de 2016, terá uma validade que pode ir de 18 a 24 meses (maio 2018 ou dezembro 2018), sendo que não recomendo comprar azeites com dois anos.

Provando o azeite

Se no espaço onde compra o azeite houver oportunidade de prová-lo, veja algumas das características para ficar atento:

Coloque um pouco em um copo de vidro limpo e aqueça com o calor de uma mão, enquanto cobre o topo com a outra, fazendo girar um pouco o azeite para liberar os chamados “voláteis”. Destape, coloque o nariz e inspire lentamente. Se sentir um cheiro agradável e fresco, encontrou um bom azeite. Se notar um aroma podre ou avinagrado, significa que foi feito com fruta podre e não tem os elementos benéficos. Não compre.

Para ter a certeza do que está provando, pode sempre beber um pouco e guardá-lo na boca, girando o azeite para ficar com a boca “cheia” indo quase até ao princípio da garganta. Se o sabor for da fruta, frutos secos ou erva fresca, se tiver um sabor amargo e picante, é um bom azeite, com certeza extravirgem.

Os azeites têm sabores e características diferentes. Afinal, existem mais de 700 variedades de azeitonas no mundo. A escolha também depende do gosto de cada um. Como nem sempre é possível adquirir diversos azeites, o meu conselho é que escolha um azeite extravirgem bom, com um sabor que lhe agrade.

Se acabou de comprá-lo, lembre-se de guardar em um local que esteja protegido do calor, da luz e do oxigênio. Tê-lo ao lado do fogão não é uma boa ideia, pois é sensível à luz e à temperatura. Convém também lembrar que, ao comprar um azeite de que gostou num ano, não significa que na colheita do ano seguinte o sabor esteja exatamente igual. Ele é feito de fruta fresca e ela nunca é igual em sabor de um ano para o outro.

Com essas informações, tenho certeza de que você vai saber escolher melhor o seu azeite. Colocá-lo na sua alimentação é um caminho para a Supersaúde!

* Médico e nutrólogo