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JB no campo - Plantar bosques, proposta para políticos sérios

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O Brasil poderia plantar milhões de bosques e, em especial no Sudeste, lutar contra o crescente déficit de recursos hídricos, que deixa cidades sem água e encarece a energia hidrelética nos períodos de estiagem, quando são acionadas as caras e poluentes termelétricas. 

Não temos uma proposta em andamento que envolva toda a população na necessária proteção e recuperação de nascentes. Fantásticas iniciativas isoladas como a de Sebastião Salgado, em Aimorés (MG), são divulgadas e parecem que aplacam a necessidade de que todos, de alguma maneira, sejam convocados para atacar o grave problema no horizonte. 

Recentemente, foram fartamente divulgadas informações que mostram o proprietário rural como defensor dos pequenos e médios  maciços florestais heterogêneos, preservando água, discordando da versão generalizada corrente  que indicam os produtores do campo como destruidores  das ínfimas reservas que sobraram no Sudeste. Isso está ultrapassado. Na verdade os produtores, que já perceberam a ameaça brutal, já preservam. 

E todo o restante da população urbana o que faz? Assunto de tal magnitude pode ser enfrentado sem a convocação de todos? Claro que não. E  o que temos em curso? Nada. E que propostas estão na mesa? Que ideias de candidatos aos Executivos Estaduais e Federal, aos Legislativos, que novas iniciativas estão propostas? Nada conheço. 

De quando em vez uma indústria grande consumidora de água investe no seu marketing muito dinheiro em mídia para dizer que está cuidando... até agora não consegui acesso a nenhuma proposta razoável  de ordem geral. Publicidade apenas não planta árvores, não protege nascentes, não recupera grotas... 

Então, não quero nem falar dos que se refugiam na estratosfera como muitos materiais  referentes ao Congresso Mundial que se realizou recentemente em Brasília. Nem quero falar de que  distância da realidade estão órgãos Federais e Estaduais para o enfrentamento desse problema e que nunca falam da convocação da população urbana para um movimento eficaz. 

Esse quadro deve ser enfrentado em 2018, com a geração de propostas articuladas, integradas, com o envolvimento da população como um todo. Seminários precisam ser promovidos! alguns planos mínimos de origem e destinação de recursos precisam ser entregues aos candidatos, apesar do triste quadro atual. 

Nessa próxima semana se inicia a Expozebu, em Uberaba. Vamos levar nossas ideias e ver se os próprios produtores querem se tornar protagonistas de uma iniciativa que chame todo mundo para um esforço de formulação e planejamento criativo que possa ser encaminhado a candidatos. 

Se esses (que se declaram candidatos) vão ler ou vão se interessar... não sei. Algum outro brasileiro se interessa? Vamos trabalhar juntos...?