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Gilberto Braga: "Felizmente tenho muitas áreas em comum com a classe C"

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Um dos mais consagrados nomes da teledramaturgia, autor de pérolas como “Vale Tudo”, “Dancin’ Days”, “Celebridade”, as inesquecíveis minisséries “Anos Dourados” e “Anos Rebeldes”, Gilberto Braga só voltará à telinha com texto inédito em 2015 – depois que sair do ar, em inexplicável reviravolta na ordem natural das coisas, mais uma novela de Aguinaldo Silva. Em compensação, o público da TV de assinatura poderá rever uma de suas obras primas, “Água Viva”, a partir do próximo dia 30. Foi o folhetim de 1980 o pretexto para dois dedos de prosa com Gilberto.

A chamada alta sociedade foi pano de fundo de memoráveis novelas suas, como Dancin' Days, Água Viva, Vale Tudo. Colunistas e colunáveis da época chegaram a fazer figuração nas festas e pistas de boates da sua ficção. Como é escrever quando o público alvo, hoje, é a classe C, que chegou finalmente ao paraíso?

Eu não penso muito nisso. Escrevo mais pensando em agradar a mim. Felizmente, tenho muitas áreas comuns com a classe C, senão eu fracassaria.

O que não mudou de “Água Viva” para cá? E o que mudou?

Como a novela não é nem remotamente política, acho que nada mudou.

Revendo “Anos Rebeldes”  no Viva, recentemente, pensei numa continuação da história, uma nova minissérie, que focalizaria a chegada daquela turma de jovens revolucionários e idealistas ao poder. Que tal? Afinal, você sempre disse que preferia escrever minisséries.

No momento, Ana Maria, estou preferindo novela. Porque mais gente assiste. E as minisséries passam muito tarde.

Em entrevista ontem, 23,  à “Folha de São Paulo”, o Boni disse que ele é o House, tal a sua devoção aos seriados americanos. Você vê também? Algum preferido?

Ainda não vi “House”. O último que me pegou foi “Homeland”. Mas o meu preferido é “In treatment”.

Confira abaixo o vídeo com autor, diretor e atores falando sobre a produção de "Anos Rebeldes".