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Governo quer doações de créditos de carbono para compensar emissões na Copa

Estratégia foi oficializada nesta terça pelo Ministério do Meio Ambiente.

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A ideia é atrair empresas que tenham créditos de carbono, tecnicamente chamados de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), para colaborar com o governo na estratégia de compensação de emissões geradas pela realização da Copa. Em troca, as empresas receberão publicidade gratuita, com seus nomes veiculados na lista de doadores oficiais de créditos de carbono para o Mundial.

As RCEs são originadas em projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), certificados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que geram uma redução adicional de emissões e permitem que o saldo positivo seja comercializado na forma de créditos de carbono.

O mercado de carbono foi criado a partir do Protocolo de Quioto, e os países desenvolvidos, que têm metas de redução de poluentes, podem adquirir os créditos de países em desenvolvimento como o Brasil, para atingir metas estabelecidas pela ONU. Empresas e outras instituições também movimentam esse mercado, com compra de créditos de carbono para compensar emissões ou fazer marketing ambiental.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, as empresas que aderirem à chamada receberão o selo de sustentabilidade Baixo Carbono, mas a participação não envolve nenhum tipo de transação financeira. Só poderão ser doadoras de créditos de carbono para a Copa do Mundo empresas que já têm RCEs de projetos de MDL brasileiros, reconhecidos pelo governo e pela ONU. O governo já havia usado a estratégia de doações voluntárias de créditos de carbono durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho de 2012.