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Centro de Incompetência do Fla

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No dia em que foi publicada, no Globo, entrevista do vice-presidente de futebol do Flamengo, Ricardo Lomba, exaltando as qualidades do elenco e o trabalho do “Centro de Inteligência” do clube, o time rubro-negro foi humilhado na Arena da Baixada, sofrendo, em 21 minutos, três gols do vice-lanterna do campeonato, deixando uma vez mais evidente a sua maior deficiência: não tem laterais à altura de uma equipe que pretende títulos como os do Brasileiro, da Libertadores e até da Copa do Brasil.

Rodinei, horroroso, foi uma avenida na direita e Renê, uma nulidade na esquerda. Sem apoio de qualidade pelos flancos, Everton Ribeiro, de um lado, e Vitinho, do outro embolaram pelo centro e foram anulados. Com William Arão no lugar de Diego (poupado) e Paquetá em péssima jornada, o meio-campo teve desempenho desastroso. E foi igualmente mal a zaga formada por Léo Duarte e Thuller (Réver também foi “preservado”).

Ao contrário do que disse o desconcertado técnico Maurício Barbieri, na coletiva, seu time foi péssimo do início ao fim. Mesmo diminuindo o ritmo no segundo tempo, o Atlético Paranaense esteve mais perto de marcar de novo do que o Flamengo de fazer o gol de honra. Por duas vezes, as traves salvaram César, que substituiu Diego Alves, mais um poupado.

Desastre total, que se torna ainda mais grave, quando se volta à entrevista de Lomba, onde ele diz que as contratações deste ano foram feitas em cima das carências citadas pelo treinador. Assim, para a saída de Vinícius Jr., veio Vitinho; para substituir Jonas, chegou Piris, e Uribe foi contratado para o lugar de Guerrero. Necessidade de laterais? Ninguém sabe, ninguém viu! Pode haver prova maior de ignorância em termos de futebol?

A incompetência futebolística é uma marca da administração Bandeira de Mello. Basta ver a gigantesca (e cara) lista de reforços contratados desde que assumiu. São mais de 60 jogadores, em cinco anos e meio. Com “sumidades” do porte de Carlos Eduardo, Val, Bruninho, Gabriel, Diego Silva, Anderson Pico, Feijão, João Paulo, Chicão, Márcio Araújo, Marcelo Cirino, Ederson, Wallace, André Santos, Marcelo Moreno, Alan Patrick, Paulinho, Erazo, Eduardo da Silva, Marcelo, Léo, Elton, Canteros, Lucas Mugni, Thallyson, Pará, Armero, César Martins, Mancuello, Antônio Carlos, Arthur Henrique, Chiquinho, Rodinei, Muralha, Arão, Rafael Vaz, Trauco, Rômulo, Renê, Conca, Geuvânio, Henrique Dourado e por aí vai...

São erros demais para poucos (e, ainda assim, alguns discutíveis) acertos, como Elias (que não souberam manter), Guerrero, Diego, Everton Ribeiro, Cuellar, Diego Alves e (a conferir), o mais caro de todos, Vitinho.

Como considerar “Centro de Inteligência” um departamento que contrata tão mal? Seria mais apropriado chamá-lo de “Centro de Incompetência”. Com dinheiro sobrando em caixa, resta a famosa frase: “coringa demais, na mão de bobo, atrapalha”. 

Estatística funesta

Depois da Copa, o Flamengo disputou 21 pontos no Brasileiro e conquistou apenas 10. Classificou-se, a duras penas, na Copa do Brasil, e ficou em situação dramática na Libertadores. Que raios fez o técnico Maurício Barbieri na temporada de treinos que teve durante o Mundial? Apenas a saída de Vinícius Jr. não justifica tamanha queda de rendimento. 

Perguntas sem resposta

Por que escalar o péssimo Arão, se o clube acabou de contratar Piris? Quando o jovem Lincoln terá a oportunidade de começar uma partida? Quem merece mais o troféu Samambaia Decorativa? Uribe ou Dourado? Pra que poupar um goleiro? Paquetá está “mascarando” ou é só impressão?

Choque de realidade

Num Nílton Santos com menos de 8 mil torcedores, o Atlético Mineiro deu um choque de realidade no Botafogo. Por mais que Zé Ricardo consiga dotar o Glorioso de algum senso coletivo, falta qualidade à equipe. Aguirre, que chegou como reforço, está se mostrando tecnicamente tão limitado quanto os seus novos companheiros. Manter-se longe do Z-4 parece ser o único objetivo palpável da turma de General Severiano. Já são quatro jogos sem vencer, com duas derrotas e dois empates. 

Mais um

Outro que completou quatro rodadas sem vencer foi o Fluminense. No Independência, ficou num 0 a 0 chocho com o América Mineiro. Pelo visto, é mais um que vai passar o returno olhando pra baixo, com medo do fantasma do rebaixamento. Pobre Pedro... 

Nole espetacular

Impecável, Novak Djokovic bateu Roger Federer, na final de Cincinatti (6/4, 6/4), conquistando o último dos Masters 1000 que lhe faltava (são nove, ao todo). Torna-se assim o primeiro tenista com o chamado “Golden Masters de Carreira” – Nadal nunca venceu em Miami, Xangai e Paris e a Federer faltam triunfos em Monte Carlo e Roma. Nole é também o único em atividade a ter ganhado os quatro títulos de Grand Slam em sequência – Roger e Rafa venceram todos, mas nunca os quatro seguidos.

Retrocesso

E o recém-promovido “trainne” foi rebaixado novamente a estagiário...

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